sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Sugestão... enquanto a crise ainda deixar
http://www.restaurante-olivier.com/home-avenida
O ambiente é requintado, sóbrio e acompanha as tendências da decoração actual-tons neutros e linhas clássicas reinventadas.
A casa de banho convida a ficar, mais tempo do que o necessário - não engeitariamos os espelhos e o sofá na nossa sala de leitura.
A ementa consegue fazer jus ás expectativas ( as vieiras gratinadas com molho bechamel e trufa preta, recomendam-se e, diz quem comeu, os Mini hamburguers com foie gras fresco e cebola caramelizada em vinho do Porto, também )
No final há que pagar a conta e sair feliz e com a carteira mais vazia, porque os luxos dão sal à vida.... e pagam-se.
O ambiente é requintado, sóbrio e acompanha as tendências da decoração actual-tons neutros e linhas clássicas reinventadas.
A casa de banho convida a ficar, mais tempo do que o necessário - não engeitariamos os espelhos e o sofá na nossa sala de leitura.
A ementa consegue fazer jus ás expectativas ( as vieiras gratinadas com molho bechamel e trufa preta, recomendam-se e, diz quem comeu, os Mini hamburguers com foie gras fresco e cebola caramelizada em vinho do Porto, também )
No final há que pagar a conta e sair feliz e com a carteira mais vazia, porque os luxos dão sal à vida.... e pagam-se.
Crise do subprime
Para aqueles que ainda não sabem bem porque estamos em crise, remeto a explicação de um prestigiado analista financeiro britânico. Simples.
Guardem o dinheirinho debaixo dos colchões...
http://www.youtube.com/watch?v=mzJmTCYmo9g&feature=related
Guardem o dinheirinho debaixo dos colchões...
http://www.youtube.com/watch?v=mzJmTCYmo9g&feature=related
domingo, 21 de setembro de 2008
Amores inconfessados
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Fernando Pessoa
Amo-te, Lisboa
Quando se reunem na cidade onde nascemos ( Lisboa ), e que por isso é a eleita do nosso coração,no mesmo espaço, um restaurante ( Amo-te ) e um teatro ( Nacional D. Maria II )- a apelarem aos nossos gostos predilectos - apetece-nos ansiar por uma noite fria de Outono, em que depois de um jantar á luz das velas, o pano suba e, atrás dele, todos os nossos sonhos se realizem.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Ainda a Diva
Não sei amiga se vais conseguir arranjar um bocadinho de tempo para ler estas singelas linhas. Se não leres não te levo a mal. Na minha chafarica também anda sempre toda a gente muito atarefada, sem tempo para nada, e por lá não se têm nem metade das tuas preocupações. Sou compreensiva, amiga.
Lamentávelmente, só hoje soube que no domingo jantaste no Mezzaluna, e não te perdoo por não me teres consultado antes.
Não que eu não goste do Mezzaluna, é um restaurantezinho simpático e acolhedor, mas demasiado simples e pequeno para as exigências das estrelas de Agosto, como nós. Devias ter ido á Bica do Sapato ou ao Kais. Para a próxima telefona-me, não te acanhes. Com sorte, pode ser que eu já tenha despachado os desconhecidos todos e, para além de te aconselhar, ainda arranje um tempinho para ir contigo.
http://www.mezzalunalisboa.com/
http://www.bicadosapato.com/
http://www.kais-k.com/
terça-feira, 16 de setembro de 2008
TIC TAC TIC TAC
Nem queria acreditar que estava a caminho do Parque da Bela Vista para ver a Madonna. 75000 pessoas...só queria o meu sofá e uma noite calma. Só mesmo a minha mãe me levava para aquela confusão infernal. Ainda por cima andar de metro com aquela gente toda...Talvez devesse ter vendido o bilhete. Tinha ouvido dizer que estavam a pagar €500, mas isso era crime, não podia ser. Só me restava ir. O metro estava suportável mas foi um alívio sair para a rua, mesmo estando no meio de Chelas, era melhor do que debaixo da terra!
A multidão impressionava, mas estava ordeira. O "povo" estava sereno, relaxado e divertido. Comecei a pensar que se calhar até ia ser divertido.
Acomodámo-nos a meio da subida do vale com uma boa vista para o palco. A entrada do parque continuava a vomitar pessoas num fluxo compacto e interminável. As filas para as escassas barraquinhas de víveres eram intermináveis, desencorajavam os mais optimistas. O melhor era sentar-me e esperar. Oh não! Um formigueiro mesmo por baixo de mim. As formigas sobem-me pelo braço. O campo é mesmo detestável! Mudo de lugar, descubro umas palhas sem sinais de insectos ou outras ameaças da natureza e relaxei. Saquei dos binóculos, comprados para ver animais nos parques naturais. Ali estava o palco. Via-se bem.
A multidão agita-se. Um gigante a ondular perante a visão da estrela que nos olha com desprezo (eu vi com os meus binóculos!). Quase lhe ouvia os pensamentos: "Vamos lá despachar isto que tenho as massagens à espera no Pestana Palace." A certa altura deixei-me levar pelo espectáculo. O movimento, a coreografia, a voz clara e forte a ecoar na noite do parque impressionava.
Constato que a irreverência sexual já não faz efeito. Nenhum movimento mais ousado ou dança de varão em roupa interior consegue chocar um público que já está à espera de tudo. É então que surgem as mensagens políticas e sociológicas nos ecrãns gigantes, sendo óbvio que tal não passa de uma nova forma de conseguir tablóides e de chocar o mundo. Ficamos, então, a saber que o Ghandi, o Martin Luther King e o Obama são bonzinhos, enquanto o Robert Mugrave e o John Mcann são uns malvados. Consumir também é uma coisa muito feia e faz-nos estúpidos. Obrigado Madonna, sua motherfucker! Até à próxima!
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Outros sentimentos
« Ter um amigo é maravilhoso
Ser amigo de alguém ainda é melhor´
É como acordar
e sentir o sol brilhar
Um amigo é alguém com quem se está bem
Mas um amigo é muito mais do que isso
É alguém que pensa em ti
quando não estás aqui
Alguém que bate com os dedos na madeira
quando tens de fazer coisas dificeis
Nunca se está realmente só
quando se tem um amigo
Um amigo ouve o que tu dizes
e tenta compreender
o que não sabes dizer
Mas um amigo não está sempre de acordo contigo
Um amigo contradiz-te
e obriga-te a pensar honestamente
Um amigo gosta de ti
mesmo que faças asneiras
Um amigo ensina-te
a gostar de coisas novas
Não teria imaginado essas coisas
se estivesses sózinho
Amigo é uma palavra bonita
É quase a melhor palavra!
Um amigo é alguém
Que tem sempre tempo para ti
quando apareces
Toda a gente pode ter um amigo
Mas não vivas tão apressado
Que não vejas
Que há alguém que quer ser teu amigo
Um amigo é alguém
que é para ti uma festa
alguém que pensa em ti
e te ouve
e te ajuda a saber o que tu és
Alguém que te ajuda a descobrir coisas
alguém que está contigo e não tem pressa
Alguém em quem tu podes acreditar!»
De Leif Kristiansson, tradução de Sofia de Mello Breyner Anderson
Um poema-livro, dos meus tempos de infancia, que contém uma súmula simples daquilo que deve ser a verdadeira amizade.
Dá que pensar no mundo actual em que, cada vez mais, cada um zela, de forma individualista, pelos seus interesses. E afinal ser amigo pode ser tão simples e banal como este poema....
Ser amigo de alguém ainda é melhor´
É como acordar
e sentir o sol brilhar
Um amigo é alguém com quem se está bem
Mas um amigo é muito mais do que isso
É alguém que pensa em ti
quando não estás aqui
Alguém que bate com os dedos na madeira
quando tens de fazer coisas dificeis
Nunca se está realmente só
quando se tem um amigo
Um amigo ouve o que tu dizes
e tenta compreender
o que não sabes dizer
Mas um amigo não está sempre de acordo contigo
Um amigo contradiz-te
e obriga-te a pensar honestamente
Um amigo gosta de ti
mesmo que faças asneiras
Um amigo ensina-te
a gostar de coisas novas
Não teria imaginado essas coisas
se estivesses sózinho
Amigo é uma palavra bonita
É quase a melhor palavra!
Um amigo é alguém
Que tem sempre tempo para ti
quando apareces
Toda a gente pode ter um amigo
Mas não vivas tão apressado
Que não vejas
Que há alguém que quer ser teu amigo
Um amigo é alguém
que é para ti uma festa
alguém que pensa em ti
e te ouve
e te ajuda a saber o que tu és
Alguém que te ajuda a descobrir coisas
alguém que está contigo e não tem pressa
Alguém em quem tu podes acreditar!»
De Leif Kristiansson, tradução de Sofia de Mello Breyner Anderson
Um poema-livro, dos meus tempos de infancia, que contém uma súmula simples daquilo que deve ser a verdadeira amizade.
Dá que pensar no mundo actual em que, cada vez mais, cada um zela, de forma individualista, pelos seus interesses. E afinal ser amigo pode ser tão simples e banal como este poema....
domingo, 14 de setembro de 2008
Tentação
http://hossintropia.com
Ainda guardo a primeira peça da marca que comprei- uma saia comprida, hoje com mais de 10 anos- e desde então tenho-lhe sido fiel, pela irreverência, pela diferença, pela cor, pela jovialidade, que tão bem combinam com a minha personalidade.
Para as meninas que quiserem ficar a conhecer a colecção Outono/Inverno, sem sairem do aconchego do lar, aqui fica o site. Visitem-no e depois... percam-se nas compras. Haverá coisa melhor?!?
Feliz por regressar ao trabalhinho
Os preguiçosos estão sempre a falar do que tencionam fazer, do que hão-de realizar; aqueles que verdadeiramente fazem alguma coisa não têm tempo de falar nem sequer do que fazem.
(Goethe)
A maior recompensa do nosso trabalho não é o que nos pagam por ele, mas aquilo em que ele nos transforma.
(John Ruskin)
A felicidade e a saúde são incompatíveis com a ociosidade.
(Aristóteles)
Se quiseres que uma coisa se faça, encarrega-a a uma pessoa ocupada.
(Provérbio chinês)
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Pessoas... cada vez mais perto de Sintra.... e ... de Oeiras
Ao volante do Chevrolet pela estrada de Sintra,
Ao luar e ao sonho, na estrada deserta,
Sozinho guio, guio quase devagar, e um pouco
Me parece, ou me forço um pouco para que me pareça,
Que sigo por outra estrada, por outro sonho, por outro mundo,
Que sigo sem haver Lisboa deixada ou Sintra a que ir ter,
Que sigo, e que mais haverá em seguir senão não parar mas seguir?
Vou passar a noite a Sintra por não poder passá-la em Lisboa,
Mas, quando chegar a Sintra, terei pena de não ter ficado em Lisboa.
Sempre esta inquietação sem propósito, sem nexo, nem consequência,
Sempre, sempre, sempre,
Esta angústia excessiva do espírito por coisa nenhuma,
Na estrada de Sintra, ou na estrada do sonho, ou no estrada da vida...
Maleável aos meus movimentos subconscientes do volante,
Galga sob mim comigo o automóvel que me emprestaram.
Sorrio do símbolo, ao pensar nele, e ao virar à direita.
Em quantas coisas que me emprestaram eu sigo no mundo!
Quantas coisas que me emprestaram guio como minhas!
Quanto me emprestaram, ai de mim!, eu próprio sou!
À esquerda o casebre – sim, o casebre – à beira da estrada.
À direita o campo aberto, com a lua ao longe.
O automóvel, que parecia há pouco dar-me liberdade,
É agora uma coisa onde estou fechado,
Que só posso conduzir se nele estiver fechado,
Que só domino se me incluir nele, se ele me incluir a mim.
À esquerda lá para trás o casebre modesto, mais que modesto.
A vida ali deve ser feliz, só porque não é a minha.
Se alguém me viu da janela do casebre, sonhará: Aquele é que é feliz.
Talvez à criança espreitando pelo vidros da janela do andar que está em cima
Fiquei (com o automóvel emprestado) como um sonho, uma fada real.
Talvez à rapariga que olhou, ouvindo o motor, pela janela da cozinha
No pavimento térreo,
Sou qualquer coisa do príncipe de todo o coração de rapariga,
E ela me olhará de esguelha, pelos vidros, até à curva em que me perdi.
Deixarei sonhos atrás de mim, ou é o automóvel que os deixa?
Eu, guiador do automóvel emprestado, ou o automóvel emprestado que eu guio?
Na estrada de Sintra ao luar, na tristeza, ante os campos e a noite,
Guiando o Chevrolet emprestado desconsoladamente,
Perco-me na estrada futura, sumo-me na distância que alcanço,
E, num desejo terrível, súbito, violento, inconcebível,
Acelero...
Mas o meu coração ficou no monte de pedras, de que me desviei ao vê-lo sem vê-lo,
À porta do casebre,
O meu coração vazio,
O meu coração insatisfeito,
O meu coração mais humano do que eu, mais exacto que a vida.
Na estrado de Sintra, perto da meia-noite, ao luar, ao volante,
Na estrada de Sintra, que cansaço da própria imaginação,
Na estrada de Sintra, cada vez mais perto de Sintra,
Na estrada de Sintra, cada vez menos perto de mim...
Alvaro de Campos (Fernando Pessoa)
domingo, 7 de setembro de 2008
Quando duas paixões se unem
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Outras Paixões
Altos, muito altos, vertiginosos, sexys, teatrais - são assim os sapatos este ano, a exacerbarem, mais uma vez a minha paixão pela diferença e pelo luxo. Aqui ficam alguns modelos Prada e Miu Miu, os meus favoritos. Mas como a variedade este ano é tanta até me apaixonei, há pouco, por uns Globe ( eu sei, eu sei, e na semana passada por uns Lanidor- eu e não só, não é verdade?-, e na outra por uns Miss Sixty ).
Bom.. o melhor é não me aproximar de mais nenhuma loja nos próximos dias porque o meu coração... e a minha carteira... já não aguentam mais nenhuma paixão...
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Saudades
Estreou hoje o filme Mamma Mia e eu, depois da praia, dei comigo sentada na cadeira do cinema, sem saber explicar muito bem porquê.
Não, não vos vou dizer que sempre detestei os Abba ( para que não exijam depois que faça as pazes com eles ) e tudo o que respeita aos anos 70 - dos penteados, à moda, às musicas.... nada disso....Mas mesmo assim não sei porque o fiz.
Talves tenha sido com a esperança de que a maturidade me tenha reconciliado com muitas das coisas que a juventude não me deixou descobrir, admirar, amar.
Seja como for o certo é que passei quase duas horas a tentar. Tentei gostar da musica; tentei entender a razão pela qual a transformaram num enredo lamechas, vulgar e desconexo... tentei compreender a razão pela qual a plateia, onde se encontravam muitos jovens e crianças - sem qualquer ligação afectiva ou de memória- aplaudiu de pé, no final... E teria dado por mal empregue o dinheiro do bilhete não fora o talento da Meryl Streep, cuja jovialidade me fez vê-la e admirá-la para além da idade, que as muitas rugas não conseguem esconder, e pensar que não passaram já mais de 20 anos desde « África Minha ».
E foi então que tive saudades, não dos Abba, nem dos anos 70, mas do Redford e da Streep que nos souberam fazer viver e sentir a África de Karen Blixen, que consigo, sempre que vejo o filme, sentir também como minha.
Curiosamente, embora por razões distintas, não fui a unica a senti-las.
Não, não vos vou dizer que sempre detestei os Abba ( para que não exijam depois que faça as pazes com eles ) e tudo o que respeita aos anos 70 - dos penteados, à moda, às musicas.... nada disso....Mas mesmo assim não sei porque o fiz.
Talves tenha sido com a esperança de que a maturidade me tenha reconciliado com muitas das coisas que a juventude não me deixou descobrir, admirar, amar.
Seja como for o certo é que passei quase duas horas a tentar. Tentei gostar da musica; tentei entender a razão pela qual a transformaram num enredo lamechas, vulgar e desconexo... tentei compreender a razão pela qual a plateia, onde se encontravam muitos jovens e crianças - sem qualquer ligação afectiva ou de memória- aplaudiu de pé, no final... E teria dado por mal empregue o dinheiro do bilhete não fora o talento da Meryl Streep, cuja jovialidade me fez vê-la e admirá-la para além da idade, que as muitas rugas não conseguem esconder, e pensar que não passaram já mais de 20 anos desde « África Minha ».
E foi então que tive saudades, não dos Abba, nem dos anos 70, mas do Redford e da Streep que nos souberam fazer viver e sentir a África de Karen Blixen, que consigo, sempre que vejo o filme, sentir também como minha.
Curiosamente, embora por razões distintas, não fui a unica a senti-las.
Volta Karen Blyxen!
Ontem à noite assisti, atónita, à notícia de que tinha nevado no Kenya! A África de Karen Blyxen assemelhava-se agora à sua Dinamarca natal! Só que, em vez de crianças louras de cachecol e luvas, a construir bonecos de neve num cenário natalício, víamos crianças e adultos africanos, perplexos mas igualmente divertidos. Uns apanhavam neve, moldavam-na em forma de gelado e, comicamente, lambiam-na e passavam-na pela testa, outros carregavam-na em bicicletas. As crianças, iguais em toda à parte, brincavam em bandos e riam de felicidade.
Karen, que partida nos pregaste no Além? Onde estão a paisagem verdejante, o Sol e os flamingos a esvoaçar?
Deixo-vos com este insólito quando tanto se fala em aquecimento global!
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