sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

la fiesta di solangiiiiiiiii


hoje é dia de festa e cantam as nossas almas ( mesmo as daqueles que não acreditam nas transmigrações das ditas). para a nossa lunargirl milhões de beijinhos . hoje a fiesta vai ser brava!!!!!!!
aqui vai então um poemita para a minha amiga que se fosse uma árvore era um carvalho pois eu sei que vai morrer de pé - como as árvores de grande porte- agarrada com os dentes cerrados da fé às suas convicções. gosto e celebro contigo essa tua força e determinação que põe a um canto a modinha oriental dos juncos que oscilam, sem vergar, ao sabor dos ventos: resistiré erguido contra el vento!

«Porque os outros se mascaram mas tu não

Porque os outros usam a virtude

Para comprar o que não tem perdão.

Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados

Onde germina calada a podridão.

Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem

E os seus gestos dão sempre dividendo.

Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos

E tu vais de mãos dadas com os perigos.

Porque os outros calculam mas tu não.»


Sophia de Mello Breyner

9 comentários:

Belinha disse...

Presumo, que hoje, « miuda da lua » completes mais um ano de vida, imaginação, criatividade...que venho muitos mais... cada vez mais preenchidos e felizes... é o que te deseja , esta « quase desconhecida »...

Anónimo disse...

buá!já ninguém usa os ctt para enviar um postalito de aniversário, que nostalgia...

missangas disse...

Ufa!! Que alívio, Plexcuba...finalmente uma prosa! Já estava convenciada que até cagavas em verso!

Anónimo disse...

na mouche, "mizangas". poderia, agora, comentar as actividades do meu esfíncter nas sentinas e os versos subsequentes que não de outros do " taste & copy & paste", mas isso nunca fará parte do seu mundo de Anitas na cidade com humor nem do seu blog que transforma um post em gente mais aliviada (resisti à versejação acerca de damas "a cagar").

mouche albértine disse...

porquê na mouche? o que é que eu tenho que ver com essas conversas escatológicas? plex gosto mais de ti quando usas uma ironia doce e brincalhona...mas sim, os nossos posts são muitas vezes uma cagada...mas de anitas na cidade, pá?e tu ajudas a malta a defecar de alto, para elevar o tom do acto do desperdício.

Anónimo disse...

1.no alvo (as rimas, no wc)
2.(ontem) com a mosca
3.posts/comentários para adubar/curtir os dias, why not?
4.o post dos livros da anita (e o magalhães), no "best of" do blog
nada mais

mouche albértine disse...

estava só a tenta amenizar...eh! eh!vi que estavas com a mosca a tratar a nossa mizangas por você. uma pequena revelação: a nossa miúda não conhece muita poesia e acho que fica deslumbrada com a tua erudição poética. plex: temos uma missão no blogue, dar poesia de comer à pespineta!

missangas disse...

Adoro que falem de mim como se eu não estivesse presente...mas a verdade é que estou! Plex, estás à vontade. Quando se escreve um coment como o meu é porque se tem poder de encaixe para qualquer resposta e a tua foi melhor do que a que eu merecia! Não é verdade que não goste de poesia. A nossa vida é feita de poesia. É impossível escapar-lhe. Aliás, O humor não é mais do que poesia divertida, daí os nossos mundos não serem assim tão distantes. Até a tecnologia pode ser poética. ..estou-me a lembrar, por ex., do computador Magalhães. Não é poético dar o nome de um navegador a um computador? Claro que sim! Poesia de mau gosto mas, ainda assim, poesia. O que me maça são os versos, não todos, mas alguns. Mas não é assim também com a prosa? Um dos maiores sacrifícios da minha
vida foi ler "As viagens na minha terra". A falta de paciência que eu tinha para a tonta da Joaninha! E, no entanto, gosto de prosa. Fico à espera dos versos das damas!

mouche albértine disse...

tb entro definitiva e convictamente no clube dos antagonistas das «viagens», bahhhhhh... mas confesso que adorei o ultra-romantismo do eurico ( lembro-me, ou terei sonhado, com uma cena de freiras a serem violadas ?).a minha admiração maioe vai, contudo, para aquele POEMA dos 5 sentidos do almeida das folhas caídas...foi lá que me foi dado a conhecer, pelos meus 15 anitos, numa escola pública por um professor vermelho como uma melancia madura,o belo conceito de sinestesia todo escarrapachado no verso final! todos os sentidos a molhe e fé em deus! daí ao kadinski e ao felini (na cena da pina bausch no "la nave va") foi um pulo!