quinta-feira, 4 de junho de 2009

Ópera do malandro (mas outra)

DON GIOVANNI é uma ópera em dois actos da autoria de Wolfgang Amadeus Mozart, com libreto de Lorenzo da Ponte. Estreou em Praga, a 29 de Outubro de 1787. Alguns de nós vão vê-la amanhã no São Carlos. Aqui fica um aperitivo e uma descrição da história, que é cantada em italiano o que torna difícil de perceber a coisa no momento...
No fundo o rapaz é um grande malandreco com as moças, mas acaba por ser castigado.
Enredo simples e lúdico para uma ópera fabulosa.




Personagens:
Don Giovanni, um nobre depravado que seduz as donzelas prometendo casamento, mas as abandona (barítono)
Leporello, seu criado (baixo)
O Comendador, Il Comendatori, pai de Donna Anna, que acabou assassinado por Don Giovanni tentando defender a filha (baixo)
Donna Anna, filha do Comendador, no começo da ópera é seduzida por Don Giovanni, mas o pai ao defendê-la acaba morrendo ( soprano)
Don Ottavio, seu noivo ( tenor)
Donna Elvira, uma nobre dama de Burgos, seduzida e abandonada por Don Giovanni (soprano)
Zerlina, jovem, bela e inocente camponesa seduzida por Don Giovanni (soprano)
Masetto, seu noivo (barítono).

PRIMEIRO ACTO:
A história começa nas ruas da Sevilha, Espanha, século XVIII. Leporello, um criado, espera do lado de fora da casa do velho Commendatore enquanto o seu patrão, Don Giovanni, está no interior. Como sempre, Don Giovanni tenta seduzir uma mulher: Donna Anna, filha do Commendatore. Leporello odeia o trabalho que faz; está cansado de encobrir a reputação de Don Giovanni, um cruel conquistador de mulheres, e está determinado a demitir-se e viver sua vida como um senhor.
De repente, Donna Anna sai a correr de casa, perseguida pelo apaixonado Don Giovanni, disfarçado. Ela grita e corre, acordando o pai, o Commendatore, que duela e ataca Don Giovanni, que por sua vez mata o velho. Don Giovanni e Leporello fogem da cena do crime. Donna Anna retorna com seu noivo, Don Ottavio. Ela descobre o corpo do pai, mas não sabe quem o matou. Ottavio jura que vai encontrar o responsável.
Mais tarde, Leporello diz a Don Giovanni que quer deixar o seu trabalho, mas Don Giovanni nega-se a deixá-lo ir. Donna Elvira entra na praça da cidade, magoada e desesperada para encontrar o homem que a seduziu e abandonou. O culpado, é claro, é Don Giovanni. A princípio, ele não reconhece Elvira, vendo-a apenas como uma adorável donzela em perigo. Empolgado em cortejá-la, Don Giovanni aproxima-se para lhe oferecer assistência. Ela reconhece-o e acusa-o de a enganar com falsas promessas de casamento. Ele foge, deixando Leporello para dar explicações. Leporello informa Elvira que ela é apenas uma das milhares de mulheres que Don Giovanni seduziu e prossegue lendo a longa lista das conquistas do nobre, Europa e Médio Oriente fora. Elvira jura vingar-se.
Voltando para casa, Don Giovanni conhece uma bela campesina, Zerlina, e seu futuro marido, Masetto. Convida-os a celebrar o casamento no seu castelo e instrui Leporello a distrair Masetto, enquanto ele tenta convencer Zerlina a casar-se com ele, ao invés de com Masetto.
E aparece Elvira neste momento, criando uma situação extremamente embaraçosa para Don Giovanni. Ela adverte Zerlina sobre a natureza de Don Giovanni. Elvira e Zerlina saem de cena por um momento e entram Donna Anna e Don Ottavio. Anna, ainda sem saber que Don Giovanni atacou e matou o seu pai, pede-lhe que a ajude a encontrar o assassino. Contudo, Donna Elvira volta e tenta convencer Donna Anna a não confiar em Don Giovanni. Irritado e frustrado, Don Giovanni leva Donna Elvira embora. Donna Anna dá-se conta de quem é o assassino. Ela pede a Don Ottavio para vingar a morte de seu pai; e ele concorda.
Pensando não ter com que se preocupar, Don Giovanni decide dar uma festa e convidar todas as recentes companhias. Entre os convidados, três usam máscaras — Donna Elvira, Donna Anna e Don Ottavio. Enquanto todos dançam e se divertem na festa, Don Giovanni anda às voltas com Zerlina, decidido a seduzi-la. Ela escapa e alerta o trio disfarçado, que retira as máscaras no exacto momento em que Don Giovanni entra no aposento. Ele apercebe-se que foi apanhado e foge.

SEGUNDO ACTO:
De volta às ruas de Sevilha, Don Giovanni planeia outra travessura. Pede a Leporello que distraia Donna Elvira para que ele seduza a criada dela. Giovanni troca de roupa com Leporello e começa a admoestar a criada de Elvira. É interrompido por Masetto e um grupo de campesinos que procuram Don Giovanni. Confundindo Giovanni por Leporello, os campesinos continuam a busca, mas o sedutor convence Masetto a ficar para trás. Assim que ficam sós, Don Giovanni ataca e fere Masetto. Don Giovanni sai e Zerlina aparece para encontrar Masetto e cuidar dos seus ferimentos.
Mais tarde, Leporello e Don Giovanni encontram-se e escondem-se no cemitério. O disfarçado Leporello também escapou por milagre: deixou o pátio de Donna Anna onde ela, Don Ottavio, Zerlina e Masetto, pensando que ele era Don Giovanni, queriam vingança. Don Giovanni e Leporello riem da sua fuga. Param de se vangloriar quando escutam a assustadora voz do Commendatore, dizendo ao Don Giovanni que o seu riso vai ser silenciado antes que o dia acabe. A voz vem da estátua — agora viva — que marca a sepultura do Commendatore. Sem acreditar no que ouve e vê, Don Giovanni pede a Leporello que convide a estátua para jantar com ele naquela noite. A estátua aceita. Enquanto o jantar é servido, escutam-se os passos da estátua que se aproxima. A estátua nega-se a comer, e exige que Don Giovanni se arrependa ou seja amaldiçoado. Giovanni audaciosamente recusa. A estátua arrasta-o às chamas do inferno.
No dia seguinte, as vítimas de Don Giovanni tentam reconstruir as suas vidas cantando a moral da história: "Tal é o fim de um malfeitor: a morte é a recompensa justa para uma vida esbanjada."

3 comentários:

Belinha disse...

Muito bem... malandrecos castigados é do que nós gostamos...

Amanhã não se esquçam dos binoculos e das farpelas adequadas ao evento.... eu já retirei as minhas da nafetalina...

Plex ainda não vai ser desta que te teremos no nosso camarote... temos pena ( uns mais do que outros... mas afinal não o é sempre assim? )

suprónia insuflávia disse...

eu vou do trabalho, se fôr. isto não está fácil. tinha pensado em pestanas postiças e lantejolas, mas vou ter de passar... eu fisicamente no camarote vai ser milagre.

mouche albértine disse...

belinha, a que horas é???