terça-feira, 21 de julho de 2009

sexta-feira, 17 de julho de 2009

domingo, 12 de julho de 2009

Frases...

Num cartaz bem feito, daqueles que ao menos fariam o povo sorrir, não leriamos a frase tola e insípida "nunca baixamos os braços". Remete para momentos deprimentes, passados em autocarros cheios no pino do verão, com sovacos à mostra. Ou para um sequestro colectivo, em que o bandido nos aponta uma arma e não temos outro remédio senão levantar os braços...

Não, para mim, e já que a estratégia de marketing do PSD é a analogia da acção política com movimentos corporais, a grande frase seria "NUNCA NOS AGACHAMOS", em maiúsculas! Com cartazes destes, sim, a maioria absoluta estava no papo!

sábado, 11 de julho de 2009

Amores que não cumprimos....


As mais belas histórias de amor são as que resistem à previsibilidade e à rotina. Muitas ficam, por razões várias, retidas apenas no coração dos seus intervenientes, sem palavras, sem declarações, sem passado nem futuro...

Os medos vários, as diferenças, as incertezas, as inseguranças, ou apenas o medo de estragar o que nos parece demasiado importante para ser morto lentamente, paralisam, muitas vezes sentimentos que convivem em paralelo com as nossas vidas, sem se deixarem abalar por elas...

Só o correr dos anos nos mostra a verdade dessas histórias .... e a importancia desses sentimentos...
são romances que não o chegam a ser... mas que persistem nos corações e nas memórias para além dos que o foram ....

Está demasiado sol e o seu brilho reflete-se na água azul que serena a minha tarde de sábado. Uma tarde em que mergulho na inspiração alheia para colmatar a que o calor e o cansaço não me têm dado...

Na ficção, como tantas e tantas vezes na realidade, há histórias de amor que apenas intuimos... gestos, partilhas, cumplicidades, olhares, presenças... quase romances...

Quando o Outono chegar talves vos conte algumas dessas histórias reais ( ou não )... hoje fico-me pela ficção, alheia...


« Através da janela do quarto, percebi que a tarde estava a acabar e que as luzes da cidade se iam acendendo. Lá de fora vinha o ruído do transito ao fim do dia, um ruido de gente e automóveis apressados, gente que queria voltar para casa, onde estavam os que amavam ou os que se tinham habituado a amar, sem fazer demasiadas perguntas nem exigir nada mais do que esse amor tranquilo de todos os dias. É verdade que nunca quis ou nunca vivi para querer isso para mim. Queria mais, vê tu! Queria viver no limite todos o dias queria que as coisas estivessem sempre a correr. Conhecer novas pessoas todo o tempo, sair, ir a discotecas todos os dias, sentir que podia seduzir todos à minha volta e brincar com isso. Mas agora, agora que a noite chegou e fiquei sózinha, agora que te foste embora para a tua vida, agora que sei que também tu voltaste para uma casa onde tens alguém à tua espera, alguém que te ama, alguém que te dá paz, também a mim, de repente, me apetecia poder ir para casa e ter á minha espera alguém que me amasse. Não, não estou a dizer que queria que fosses tu. Não estou a dizer isso, estou a falar de alguém. Alguém sem nome.
Queria só dar um sentido á nossa viagem, Já sei, já sei que nada dura para sempre - só as montanhas e os rios, meu sábio. Mas o que fomos nós um para o outro: apenas companheiros ocasionais de viagem? Com o tempo contado, com tudo préviamente estabelecido e com prazo de validade previsto à partida? Foi só isso o nosso encontro? Não ficou mais nada lá atrás, não deixámos nada de nós os dois no deserto que atravessámos? »

in « No teu deserto - quase romance », Miguel Sousa Tavares

quinta-feira, 2 de julho de 2009

pina e fellini

de que cor e forma eram eles? qual a cor e a forma da admiração? qual a cor da dor e da perda? qual a cor e a forma da paixão?
memórias de pequenas epifanias numa família suburbana: uma casa tipo vivenda de uma família suburbana nos idos 80. a família entretida a ver na sala da família uma novela brasileira. a criança bicho-do-mato reclusa na cozinha a ver o 2º canal da 2ª televisão da família suburbana. no quadrado uma companhia de bailado: mulheres de cabelos soltos e vestidos fluídos, homens de calças de fato e tronco nú dançam com cadeiras, alguns passam no palco de patins..pequena epifanias da cozinha!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A morte dos artistas

Agora com parte das bloguistas reinstaladas em aposentos dignos mas frios chegam-nos as notícias da morte de dois grandes artistas.

Pina Bausch que eu nunca consegui ver ao vivo, apesar dos seus vários espectáculos em Lisboa.


Michael Jackson cujas músicas todos cantámos e dançámos. But the kid is not my son...




Para quem quiser ver a versão "nega maluca" do Caetano Veloso:
http://www.youtube.com/watch?v=j7-Dw2Mw9Pc

Posto ainda a notícia fantástica da miúda de 14 anos que sobreviveu à queda do avião nas Ilhas Comorres. Palavras do pai: "Ela é muito quietinha e mal sabia nadar. Nunca pensei que pudesse escapar assim". É preciso ser uma artista!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

domingo, 21 de junho de 2009

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Época balnear

As adversas e insuportáveis condições metereológicas que atravessamos neste momento exigem que sejam tomadas medidas drásticas urgentes.

Com este calor infernal que não se atura, para não fritarmos definitivamente e sem querer tolher a vossa liberdade de expressão, caras co-bloggers, sugiro uma pausa na discussão das grandes causas e vastas intelectualidades que assolam a humanidade.

Por uns míseros dias, enquanto suamos em bica e tentamos não desfalecer e sucumbir à temperatura, postemos meras inutilidades. Deixemos os (ou o no meu caso, pois penso que já só terei um!) neurónios repousar...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

terça-feira, 16 de junho de 2009

Gimme gimme gimme a man!

Punk, arco-iris e... etcetra e tal

Aqui fica a versãozinha, para os pseudo- machos, que gostam de manter as aparências


de avintes, com o alto patrocínio da lesma!

domingo, 14 de junho de 2009

O BEIJO DOS GAYS É UMA QUECA?



Olá meus muito ensolarados fãs, tenham cuidadinho com o Sol pois muito Sol esturrica o cérebro e quem já é frágil... pois... adiante...
Pois esta semana sinto-ME inundada de AMOR. Num primeiro momento, assim, numa pequena fracção de segundos, pensei, reflecti, meditei, será que tudo isto que sinto não é sexo? Mas não, fui ver e era AMOR. Aquela sensação melada da cabeça aos pés de ternura pela humanidade, estão a ver? Ah não... pois é, na realidade, também achei incompreensível, mas depois aceitei.
E é amor e não sexo porque tenho dificuldade em fazer sexo com a humanidade. Já tentei, confesso, mas aquilo era mesmo muita gente e não consegui. O máximo que já consegui foi com treze pessoas, enfim, com doze, porque a décima terceira era EU. Estávamos à mesa, um jantar, tudo mulheres, chamámos àquilo a última ceia, não porque alguém fosse morrer ou assim, mas porque uma delas ia para longe, acho que para Madrid, e então, pronto, porque não festejar num bacanal. Arranjamos bué de vinho e comida e bacanas já nós éramos. É claro que muito vinho e muita comida dá para o torto e de repente aquilo era um ver se te avias, e ai de quem não se aviasse. Não ME posso queixar, gostei, pois gostei, apesar dos dildos serem rosas e dos cunnilingus serem todos muito diferentes uns dos outros. Fiquei com vontade de fazer um cunnilingus em cima de um carro parado, para começar, e depois em cima de um carro a andar, mas ninguém quis alinhar. A parte pior foi quando uma das moças que era homófila, isto é, tinha problemas hemofílicos e homofóbicos, despertou da bebedeira. Aquilo foi um berreiro até alguém lhe atirar com um alguidar de água, pois a garina só dizia “cunnilingus nunca mais, queremos fellatio”. Depois do banho indesejado, continuou a repetir a mesma frase mas em tom menos sonoro. Então, uma gaja, já farta de tanta paneleirice, disse-lhe “ó pá vai bugiar”, mas o resto do pessoal achou aquilo indelicado e gerou-se uma grande confusão e, como é bom de ver, acabou tudo em pancadaria.
Apesar dos meus queixos terem sofrido um bocadinho foi uma noite memorável. Soube, porque ME contaram, apenas porque ME contaram, pois EU nem queria saber, que a tal garina depois de tanta agitação ficou fã do cunnilingus, acho que só queria aquilo, cunnilingus para a frente, cunnilingus para trás, claro que devido àquela doença bipolar de que padecia, a hemofilia e a homofobia, apenas conseguia fazê-lo dentro dos armários. O problema maior que teve foi quando arranjou uma namorada alemã... pois é, a gaja não cabia no armário. A gaja tentou convencer a garina a fazê-lo noutro sítio, sei lá, dentro de um carro, no interior de uma igreja, até no meio de um comício dos Verdes, pois aquilo é tudo natureza, mas não teve qualquer sucesso, pois a garina era uma tipa cheia de convicções e disse NÃO NÃO NÃO e a alemã percebeu que estava tudo acabado entre elas. Parece que se perdeu ali um grande amor, mas também o amor é o que mais há, se se perder um logo se arranja outro.
Mas não foi o que aconteceu com a garina. Parece que ainda hoje chora de saudades da alemã que, em desespero de causa, tornou-se regente de uma cadeira de masturbação feliz (pois também as há infelizes, sim senhor) na universidade do Sri Lanka. É verdade que quem não come com cão come com gato (ou será caça?!).
Mas se a história da alemã é uma história feliz, o mesmo não se pode dizer da história da garina. A infelicidade era sem sucesso camuflada por cunnilingus em série com criaturas cujo nome nem chegava a conhecer. Até que um dia, há sempre um dia para fazer a história com H grande avançar, o cunnulingus correu mal, houve muito avidez e... e... e... e a garina ficou a sangrar. Dentro do armário e a sangrar. A outra, uma coreana de dentes grandes, teimava em levá-la para o hospital, pois aquela treta do sangue não parava, esguichava por todo o lado. A garina ali estava, a esvair-se em sangue e a teimar em morrer, pois o que fazia na privacidade do seu armário não tinha de ser trazido para as camas do Hospital. Até que a coreana teve aquilo a que ainda hoje se chama uma ideia genial. Convenceu-a a dizer que estava a cortar os pelos púbicos quando o incidente se deu. A garina achou a ideia razoável e aceitou. E assim com esta história na gaveta lá foi ela ser salva para o Hospital. Depois de recuperada, a coreana ainda teve cerca de duas dúzias de discussões com a garina até que desistiu. Não havia nada a fazer. Ser homófilo é mesmo bera, pois pode causar a morte.
Mas se a hemofilia existe com grande incidência na Europa Ocidental, o mesmo não acontece com a homofobia, que, para além da raridade da garina, foi totalmente erradicada quer da Europa Ocidental quer de todo o Continente Americano (ouviu-se falar de um caso no Brasil, mas não está confirmado).
É claro que as leis não são idênticas para os gays e straights, mas também não têm nada de ser, pois se os gays não procriam porque carga de água querem o matrimónio. Basta-lhes o sexo, claro que dentro de casa, pois os straights também não andam para aí a copular à frente de toda a gente, não senhor. E já agora, senhores e senhoras gays, agradecemos que não andem para aí a dizer a toda a gente com quem é que fazem sexo, pois os straights também não o dizem, e muito bem, já que essa coisa do sexo é privado. Estão a ouvir, PRIVADO!!!! Os cunnilingus, os fellatios, as cópulas anais ou vaginais, são intimidades que se devem manter assim. Mas que MERDA é essa de quererem transformar o sexo num espectáculo público?!!!
Será que não percebem que sendo a diferença entre gays e straights apenas sexual e sendo o sexo privado não há porque motivo armarem-se em galinhas histéricas e fazerem movimentos públicos!!!!
Seus egocêntricos mediáticos vão mas é para casa dar boas quecas, está bem!!!
Porém, algumas dúvidas perpassam-ME no cérebro. Será que um basiu (mas de língua) deverá ser dado no cantinho do lar ou já pode ser pespegado à luz do dia? E um abraço? E o caminhar de mãos dadas? Será que tudo isto é já sexo? Ou ainda não? E os gays podem beijar-se fora de casa? O beijo dos gays é uma queca? E a moralidade do cunnilingus é idêntica em francês e em árabe? Em inglês e em africâner? E qual é a melhor língua para o cunnilingus?
Importante sim é retermos a mensagem do Senhor, transmitida através dos seres imbuídos em hóstia e vinho de Jesus Cristo (boa casta).
Afirmou o nosso glorioso PAPA que “A homossexualidade é um mal moral que deve ser tratado em vez de ser aceite. Os homossexuais não fazem parte dos planos de Deus”.
Mas EU sei que este discurso é só para aqueles que não sabem ser discretos, porque para os outros está reservado o Reino dos Céus, e até, com um pouco de sorte, um bom lugar no Vaticano.
Boa noite... e boa sorte.


« Estórias » e desejos na Lisboa do século XXI




Era uma vez...

No meu tempo todas as grandes histórias começavam assim, talvez para que não tivessemos duvidas de que o que se seguia era de facto uma grande história, daquelas, com principio, meio, fim, e um ensinamento.´

Nessas histórias, por norma, os bons e os maus eram fácilmente identificados e todas as princesas encontravam um principe que as conduzia à felicidade eterna.... quase sempre no preciso momento em que a história deveria começar... casaram... e foram felizes para sempre.

Nelas todas as mulheres procuravam um homem, um amor incondicional, um casamento como unico caminho para uma felicidade certa e inquestionável.

Aprendemos a adormecer e sonhar com essas histórias, que preenchiam, na infancia, os nossos sonhos de fitas e folhos cor de rosa, de sorrisos e de suaves beijos.

A Sandra Vanessa cresceu no Norte a devorar os livros com histórias de principes e a sonhar que um dia também ela encontraria o seu.... imagináva-o com 1,85m, forte cabelo negro, um cargo de chefia, um BMW, Loft em Alcantara, solteiro , simpático e disponível....

A Sandra Vanessa ainda acreditava, aos 30 anos, no Pai Natal, que o D. Sebastião voltaria e que encontraria algures o seu amor, a quem já chamava « O mais desejadinho ».

Sandra Vanessa deixou o Norte num dia de chuva e veio instalar-se num estudio, numas águas furtadas da Rua Damasceno Monteiro, com vista para a Graça e de onde podia, se se debruçasse ver, ás terças e sábados, o frenezim que se instalava na Voz do Operário em direcção à Feira da Ladra.

Sandra Vanessa dormia, todas as noites aconchegada pelo edredão de plumas sintéticas e pelo ursinho cor de rosa que lhe saira na máquina do café do Sr. Joaquim, em noite de Romaria da Sra. dos Remédios.

Perdia as noites a sonhar, á janela, e os dias a responder aos pedidos, sempre urgentes, do Dr. Silveira, o director da financeira, que secretariava.

Cinco anos volvidos, Sandra Vanessa tinha já esgotado todas as possibilidades.

Saira durante um mês com um tipo girissimo, que conhecera no Lux, e que depois a apresentou ao namorado, alto, espadaúdo e com relógio JAGGER.

Experimentara, durante alguns meses, a companhia de um homem mais velho, simpático e aparentemente apaixonado, tolerando a barriga e o mau hálito, que se tornaram depois insuportáveis.

Sujeitou-se estoicamente à boca de pato, fina e pegajosa, e aos beijos repenicados do colega de óculos e fato cinzento, que durante meses teimou apresentá-la à mãezinha, e que conseguiu fintar, trocando-lhe as voltas, numa noite quando jantavam no Eleven.

Suportou o ressonar roncado do PT que conhecera no ginásio, e que acusava à noite o cansaço instalado pelo excesso de abdominais.

Depois de alguns meses de jejum sabático, e de descanso reconfortante e merecido, Sandra Vanessa, recusou o aumento de salário e a proposta de promoção e resolveu voltar para a sua terra natal.

Em Lisboa nunca mais ninguém soube ao certo o que lhe aconteceu....

Há quem diga que aceitou o pedido de casamento de um primo afastado, com 1,60m, de poucas falas, e desempenho sexual irrepreensível....

Outros garantem que professou...

Outros ainda que abraçou a causa gay e dirige, com a companheira, o novo MELGA – Movimento de Esquerda Lesbico e Gay de Avintes.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Um sorriso .... para os amigos ... e para os leitores numa tarde de ócio




Para todos os que já se interrogaram e perguntaram para os seus botões « What Happenned to Belinha ? » respondo hoje com um « Presente! Estou viva e recomendo-me !»

Agradeço reconhecidamente as mensagens, os telefonemas... as abordagens na rua.. « Volta, Volta Belinha »... e dedico a todos com amizade e gratidão o meu melhor sorriso e a voz doce da Lisa, uma moça que me foi apresentada, há alguns anos e que desde então oiço e admiro, porque qualidade e simplicidade rimam muitas vezes.


a despropósito, ou talvez não, considerando os ventos de direita que assolam a europa!

Alívio

Se calhar, ando a ler muitos jornais.
Provavelmente, ainda não reduzi tanto nos comentadores como prometi que faria.
Às tantas, já estou envenenada pela propaganda.
Eventualmente, não sou suficientemente livre.
Às vezes, sabe tão bem descobrir que estava enganada.

As exéquias previstas para hoje não se realizaram: a morta não morreu.