UN SOL
Mi corazón es como un dios sin lengua,
Mudo se está a la espera del milagro,
He amado mucho, todo amor fue magro,
Que todo amor lo conocí con mengua.
He amado hasta llorar, hasta morirme.
Amé hasta odiar, amé hasta la locura,
Pero yo espero algún amor natura
Capaz de renovarme y redimirme.
Amor que fructifique mi desierto
Y me haga brotar ramas sensitivas,
Soy una selva de raíces vivas,
Sólo el follaje suele estarse muerto.
¿En dónde está quien mi deseo alienta?
¿Me empobreció a sus ojos el ramaje?
Vulgar estorbo, pálido follaje
Distinto al tronco fiel que lo alimenta.
¿En dónde está el espíritu sombrío
De cuya opacidad brote la llama?
Ah, si mis mundos con su amor inflama
Yo seré incontenible como un río.
¿En dónde está el que con su amor me envuelva?
Ha de traer su gran verdad sabida...
Hielo y más hielo recogí en la vida:
Yo necesito un sol que me disuelva.
Alfonsina Storni, a costureira, operária, actriz, professora e poetisa argentina, que um dia entrou pelo mar... história aqui cantada por Mercedes Sosa, cançonetista argentina, hoje hospitalizada (peço desculpa pelo vídeo piroso...).
Gracias a la vida!
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
8 comentários:
preciosa! conheces a versão da cristina branco?vou ver se encontro!
Quando dizes "entrou pelo mar" queres dizer pelo mar adentro? Passo a passo?
E que nunca mais voltou?
voltou depois, passados uns dias, com a maré, hirta e com uma cor arroxeada. não se lembrou das pedras nos bolsos da virgínia.porque será que as mulheres escritoras se matam na água?querem-se lavar do quê?
também "voy a dormir", mas não tão definitivamente - espero- como a alfonsina. é mesmo para o meu mar de lençóis.
querem ser mar
E ainda há outra, mas de ficção.
Acho que era no Setembro do Woody Allen.
ou no Interiors??
ninguém se torna naquilo que é. regressa-se à origem. fala-te quem já foi afluente e delta.fala-te quem já foi toda aquário de vida alheia.
Enviar um comentário