Contrariamente ao que é habitual, esta semana não encontro nada na Sábado que me interesse. A entrevista com a psicóloga do Fritzl maça-me e a reportagem sobre os testes de droga feitos em restaurantes, tribunais, hospitais e aeroporto nada trás de novo. Que o Fritzl é maluco e teve problemas quando era pequenino já todos calculávamos e que as pessoas se drogam nas casa-de-banho públicas também...
No artigo de quatro páginas (pasme-se!) sobre o Nuno Melo nem me detenho. É personagem que não me inspira nem simpatia, nem admiração. Aliás, que não me inspira absolutamente nada. Bem, estou a ser um pouco injusta. Na realidade, confesso que desde que se arroga inquisidor-mor nos inquéritos parlamentares me diverte um pouco aquela postura rídicula de Torquemada determinado em descobrir a verdade. Arriscaria dizer que quando faz o seu olhar feroz ensaiado ao espelho e lança perguntas, espera sinceramente que os banqueiros se ajoalhem no chão a chorar, enquanto confessam despudoradamente as suas artimanhas financeiras. É mesmo muito engraçado. Mas quatro páginas de reportagem???!!
Salvam-se a crónica do Alberto Gonçalves sobre as "senhoras das esquinas" e os trench coats na secção de moda.
Há algum tempo que a questão metafísica do que seria um trench coat me andava a intrigar. Seria uma inovação revolucionária da moda crise 2009? Vestiria bem? Seria uma peça acessível? Mas eis que a Sábado (que afinal nunca me desilude) veio dar resposta a todas estas minhas incertezas.
Intrigada, começo a ler "os trench coats foram criados na I Guerra Mundial para a chuva com temperaturas amenas". As fotografias que ilustram a frase não deixam margem para dúvidas e faz-se luz no meu espírito: os trench coats são vulgaríssimas gabardines de Lineu. Sim, daquelas que se veêm no singing in the rain e que o detective Colombo se recusava a despir.
Uma dúvida subsiste, porém: porque raio não lhe continuam a chamar gabardines e agora vêm com esta parvoíce do trench coat? Ó Joaninha não te esqueças de vestir o trench coat antes de saíres de casa para a escola! O trench quê, mãe? A gabardine, filha! Isto não se atura, como diria a minha amiga Belinha...
domingo, 19 de abril de 2009
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6 comentários:
Comecei por ler o post da Belinha e achei que Trench Coat era uma marca da dupla Trench e Coat, assim tão razoável como Custo Barcelona. Devem ler-se os blogues de baixo para cima.
Mas diz-me, Missangas, já era trench coat quando o inventaram ou também os anglófonos resolveram esnobar a raincoat?
Perguntas bem, minha cara, e é bem possível que assim seja mas, como vês, os meus conhecimentos na matéria são mesmo muito limitados!
Pensando melhor, uma vez que trench quer dizer trincheira, trench coat deve ser mesmo o termo original.
essa do trench coat é uma piadita para mim...confessa roeste-te de inveja da minha compra no stock market...e eu a pensar que as betinhas sabiam todas o que era um trench coat!
Ai, mosca, mosca, que egocentrismo ou melhor, que moscocentrismo!:D
estou-lhe a ganhar o vício, como a solarenga astra-rainha...eu agora é umbigos, onanismos e espelhos!
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