domingo, 31 de maio de 2009

DIGAM NÃO AO LPL




Pois cá estou EU de volta depois de uma intensa semana. Tivemos direito a renúncia de cargo de Conselheiro de Estado por suspeitas de gatunagem e a um indivíduo que nos esclareceu em espanhol que estava hablando espanhol. Brilhante!
E houve muitas conversas sobre o escargot, bichinho muito amoroso que as dondocas de Cascais elegeram esta semana para animal doméstico. Era vê-las, àquelas senhoras todas loiras e altas, empoleiradas nas suas sandálias de saltos de cortiça portuguesa, a passear com mini-trelas os maravilhosos escargot. Relata-se apenas um infeliz incidente. Uma dondoca mais intrépida, muito defensora dos princípios naturalistas, não quis guilhotinar o seu bijou, razão pela qual se passearam os dois, ela em seus saltos, ele em sua baba, livres de quaisquer amarras. Um senhor dos seus sessenta anos, de vestes plebeias, habitante, seguramente por engano, de tão ilustre terra, total desconhecedor dos novos costumes, cruzou-se com tal molusco gastrópode terrestre de concha espiralada calcária e, ignorante da sua imensa grandeza, terror dos terrores, ignomínia das ignomínias, atreveu-se a colocar a sua botarra, de mais de vinte anos, em tão singular concha, espezinhando-a até atingir o pulmão do molusco Pedro. A dondoca, histérica de dor, perdera ali, numa fracção de segundos, Pedro, seu molusco eleito, a quem no espaço de dois dias depositara todo o seu amor de mãe. Quando faziam exactamente dois dias, duas horas e dois segundos que aquelas almas sensíveis se haviam cruzado, uma criatura humana, envelhecida de maldade, esmagara cruelmente Pedro, que apenas deixara como lembrança da sua passagem terrena uma poça de gosma e de minúsculos pedacinhos de calcário. A dondoca, de nome Maria, incapaz de deixar para trás aquele que a fizera tão feliz, com suas gigantescas e belas unhas vermelhas, arrancou do solo os restos mortais de Pedro e guardou-os em seu lenço de papel perfumado. Diz-se que desde então não mais abandonou o lenço.
Mas o pior de tudo é que o velho assassino ficou impune.
Dondocas de Cascais e de outras zonas da Linha e do Restelo criaram, desde então, em homenagem a Pedro, molusco primo da lesma Vanessa, aquela que é muito cheiinha e muito moreninha, uma liga de protecção das lesmas. Chama-se LPL e já tem cento e cinquenta participantes, tudo dondocas de útero estéril e depressivas, as denominadas, pelos seus opositores (pois como sabeis, basta nascer um movimento para logo existir um movimento muito maior de opositores), “menopausas desocupadas e vazias de crianças”.
É que uma criança faz muita falta a uma mulher. Mulher sem bebé, ou mesmo com bebé que não lhe nasça do ventre (nascer do próprio ventre é que é), nunca é verdadeiramente uma mulher. Claro que também não é um homem, não, não é isso. É... olhe, é uma mulher pela metade, quase mulher. Seguramente mulher insatisfeita pois nunca cumpriu a sua função reprodutora. Já imaginaram o que é para os ovários durante anos e anos a fio, uma vez por mês, prepararem-se para ser fecundados e até à menopausa nunca lhes ter sido dada essa alegria. Sem sémen, mês após mês, reduzidos a sangue e espoliados do ventre onde nasceram. E a sensação única do feto a crescer dentro do útero feminino, dando deliciosos pontapés e comprimindo a bexiga. E o leite, maravilhoso leite materno, escorrendo dos biquinhos do peito para a boquita do bebé recém-nascido. Mulher que nunca congelou o seu próprio leite, salvaguardando a refeição da sua cria, não é mulher. Mulher que nunca perdeu noites a sossegar o seu bebé e dias a vê-lo crescer pode até ser mulher, mas é uma mulher desocupada, por mais ocupação que tenha, pois não se dedicou à ocupação suprema “SER MÃE”.
Depois de muita investigação apurou-se que efectivamente todas as cento e cinquenta participantes da LPL não tinham crianças e apenas 10 tinham conseguido ser fecundadas, gerando fetos mortos.
E depois a coincidência dos caracóis serem hermafroditas. Estas mulheres terem escolhido exactamente para seu animal doméstico um hermafrodita. Mulheres secas, ressequidas, inimigas da humanidade, nem mulheres nem homens. E os escargot auto-suficientes, cheios de espermatozóides e óvulos. Oh, maravilha da perfeição animal!!
Diz-se também que estas senhoras de útero vazio andam para aí a humanizar os escargot, vestindo-lhes roupa de pele de vaca, animal que abominam (talvez por causa da história do leite) e que não distinguem, pior, que apoucam a raça humana, sobrevalorizando a raça dos moluscos. A dondoca Maria já foi vista a empurrar uma criança de três anos quando esta distraidamente se entretinha a apertar um belo e longo caracol. Parece que o caracol era loiro!
Foi ainda difundido nos bons meios académicos que mulheres/mães, provavelmente com uma qualquer disfunção maternal, tentaram humanizar formigas. Criaram juntamente com os seus filhotes meia dúzia de formigas, propagandeando que as formigas eram muito meigas para aqueles. Eram todas elas mulheres rudes, algumas com bigode, e tinham o costume terrível, ainda que profundamente enraizado, de esbofetear os filhotes. Numa tentativa de humanizar as formigas, insectos de inteligência superior, mas ainda assim insectos, ao esbofetear as mesmas, depararam-se com as mãos repletas dos seus cadáveres.
É o que sempre acontece a quem trata de maneira idêntica realidades distintas!
Uma universidade americana ao tomar conhecimento da existência da LPL interessou-se por esta inaudita história à portuguesa. Desde então foram realizados inúmeros estudos a essa espécie sinistra de mulheres, dos quais se destaca um. Nesse estudo foi individualizado um gene, apenas comum a tal espécie, gene esse ao que tudo indica aparentado com um vírus. Na realidade esse vírus torna estas mulheres agressivas com os seus pares e a dedicarem toda a sua afeição a... olhe, sei que é cruel, mas tem de ser dito, alguém tem de o dizer, a nada mais do que a... LESMAS!!!
Parece que também se encontra em curso um estudo que provará que as mulheres que pegam ao colo um qualquer bicho (não necessariamente uma lesma) que não seja da raça humana, sofrem da patologia da menopausa sem crianças, e são potenciais agressoras das criancinhas.
HUMANOS, amigos, temos de nos precaver contra este tipo de gente. Acabemos com esta espécie perigosa de MULHERES!
Bem hajam.

5 comentários:

suprónia insuflávia disse...

Depois de ler o texto da nossa solarenga fiquei com vontade de criar o clube das "Mulheres Que Foram Mães Mas Que Também Poderiam Não Ter Sido e Eram Felizes Na Mesma". O nosso pet de estimação poderia ser o piolho, que arrancaríamos com extremo amor das cabeças dos nossos rebentos antes de lhes aplicar DDT.

JokeBox disse...

um grande bem haja para mais este raio de sol nas nossas vidas!!

nomundodalua disse...

Se não fossem as meninas e os meninos casadoiros e procriadeiros, no próximo passo evolutivo nenhuma menina teria ovários ou mamas, nem os meninos teriam sémen.
Esses gloriosos seres poderiam fazer a mega party do fim da espécie (o que já me causa inveja) e entregar o planeta mais catita do universo à bicharada!

solarenga disse...

Em homenagem ao casamento na boca de um poeta:
"Casamento
"Na riqueza e na pobreza, no melhor e no pior, até que a morte vos separe."
Perfeitamente.
Sempre cumpri o que assinei.
Portanto estrangulei-a e fui-me embora."
mário-henrique leiria

mouche albértine disse...
Este comentário foi removido pelo autor.