homage ao sol, à patagónia, às sombras, à catalunha ... & ao otelo, e já agora, às virgens"o Teatro do Oprimido é o teatro no sentido mais arcaico do termo. todos os seres humanos são atores - porque atuam - e espectadores - porque observam. somos todos espect-atores.", Augusto Boal, rip, que, em '76, às tantas e às voltas, pela Barraca, escreveu http://www.youtube.com/watch?v=YE9rfrvyzOo (a música hoje seria outra, nas esplanadas da boardwalk da nova-nova atenas'98, tão luminosa de silhuetas desanimadas) http://www.youtube.com/watch?v=d-LJGh8TAtI - por falar em sombras rubras... um outro ( torturado) companheiro vasco. quanto ao otelo (e às virgens do título), poderia ter o dom da palavra na cela, mas quem seduziu não faço ideia que agora faça revoluções de 180 graus
"há-de flutuar uma cidade no crepúscolo da vida pensava eu... como seriam felizes as mulheres à beira mar debruçadas para a luz caiada remendando o pano das velas espiando o mar e a longitude do amor embarcado
por vezes uma gaivota pousava nas águas outras era o sol que cegava e um dardo de sangue alastrava pelo linho da noite os dias lentíssimos... sem ninguém
e nunca me disseram o nome daquele oceano esperei sentada à porta... dantes escrevia cartas punha-me a olhar a risca de mar ao fundo da rua assim envelheci... acreditando que algum homem ao passar se espantasse com a minha solidão
(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma pérola no coração. mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)
um dia houve que nunca mais avistei cidades crepusculares e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta inclino-me de novo para o pano deste século recomeço a bordar ou a dormir tanto faz sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade" do raposito
é preciso o afinco e a teimosia de uma pedra para esperar tanto por alguém...consta que a algumas mulheres, de tanto tecerem, lhes crescem calos nas mãos que, ao crepúsculo, se tranformam em corvos pretos a agoirar os horizontes. às vezes, cientes de que as pérolas que deixam crescer nas conchas do peito nunca serão entregues ao amado, oferecem-nas, generosas, a marinheiros que passam... e assim se finam os dias. nalgumas ilhas, dizem, também homens bordam toalhas, por quem esperam não se sabe!
12 comentários:
Falais de sol falais de MIM. Serás recompensada com uma vivenda no Céu!
prefiro mil não virgens!
"Doutros" signos portanto. e as virgens que são tão amorosas!! que ingratidão.
só se tiverem ascendente leão, comme moi même...já lhes conheço as manhas!
homage ao sol, à patagónia, às sombras, à catalunha ... & ao otelo, e já agora, às virgens"o Teatro do Oprimido é o teatro no sentido mais arcaico do termo. todos os seres humanos são atores - porque atuam - e espectadores - porque observam. somos todos espect-atores.", Augusto Boal, rip, que, em '76, às tantas e às voltas, pela Barraca, escreveu
http://www.youtube.com/watch?v=YE9rfrvyzOo (a música hoje seria outra, nas esplanadas da boardwalk da nova-nova atenas'98,
tão luminosa de silhuetas desanimadas)
http://www.youtube.com/watch?v=d-LJGh8TAtI - por falar em sombras rubras... um outro ( torturado) companheiro vasco.
quanto ao otelo (e às virgens do título), poderia ter o dom da palavra na cela, mas quem seduziu não faço ideia que agora faça revoluções de 180 graus
Sobre essas mulheres de atenas, aqui vão umas palvritas da Ana Hatherly, na sua NEO-PENÉLOPE:
«Não tece a tela / Não fia o fio / Não espera / Por nenhum Ulisses»
*
SÁTIRA BARROCA I – O PRAZER DOS CASAIS
«Os mesclados jogos esponsais
Lugar obrigatório de cristais
Decorrem de proximidades desiguais
Infamantes sombrias mas legais
As exigências intensas conjugais
Perluzem pelos preitos maritais
Repercussões: efeitos sociais
Repartição de legados essenciais
Injunções recalques preceituais
A família é o prazer dos casais»
Ana Hatherly, A Neo-Penélope, &etc, Novembro de 2007.
*
agora vou-me que se faz tarde, não vá aparecer um ulisses e eu com umas olheiras de circe!
"há-de flutuar uma cidade no crepúscolo da vida
pensava eu... como seriam felizes as mulheres
à beira mar debruçadas para a luz caiada
remendando o pano das velas espiando o mar
e a longitude do amor embarcado
por vezes
uma gaivota pousava nas águas
outras era o sol que cegava
e um dardo de sangue alastrava pelo linho da noite
os dias lentíssimos... sem ninguém
e nunca me disseram o nome daquele oceano
esperei sentada à porta... dantes escrevia cartas
punha-me a olhar a risca de mar ao fundo da rua
assim envelheci... acreditando que algum homem ao passar
se espantasse com a minha solidão
(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma pérola no coração. mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)
um dia houve
que nunca mais avistei cidades crepusculares
e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta
inclino-me de novo para o pano deste século
recomeço a bordar ou a dormir
tanto faz
sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade"
do raposito
é preciso o afinco e a teimosia de uma pedra para esperar tanto por alguém...consta que a algumas mulheres, de tanto tecerem, lhes crescem calos nas mãos que, ao crepúsculo, se tranformam em corvos pretos a agoirar os horizontes. às vezes, cientes de que as pérolas que deixam crescer nas conchas do peito nunca serão entregues ao amado, oferecem-nas, generosas, a marinheiros que passam... e assim se finam os dias. nalgumas ilhas, dizem, também homens bordam toalhas, por quem esperam não se sabe!
1 - http://www.youtube.com/watch?v=FjjDmX9Tkss&NR=1
ou
2 - http://www.youtube.com/watch?v=GgbxLxrr9jI
??
maybe stoned (2), not fatal...only for her self, unfortunetely!
gosto das duas nicos, a versão apolínea e a dionísica,fatalmente!
http://www.youtube.com/watch?v=KSfcyhxvUxs
*
cromos para troca!
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