Boa noite minhas muito queridas e adoradas leitoras e meus muito queridos e adorados leitores, com particular carinho para quem publicamente e sem vergonhas reconheceu aquilo que todos sabem mas têm vergonha de assumir. Sabem ao que me refiro? Sabem de quem falo? Falo da minha genialidade, pois claro.... Ah, e da Maria Mad.
Senti tristeza, tenho de confessar, muita tristeza por tão doce criatura, seguramente doce, e inteligente, seguramente inteligente, não ter podido elogiar-me esta semana.
Por certo teve muito trabalho. Por certo viajou para a China e este blog faz parte dos sites interditos. Por certo houve algo de terrível para a afastar de MIM. Minha mui maravilhosa fã aguardo ansiosamente pelo seu regresso da China.
E agora para que os demais fãs não fiquem enciumados, asseguro-vos que esta soberba dissertação é dedicada a todos, pois vós sois a razão do MEU viver.
É verdade que o MEU Pai, o Sol, não se tem portado muito bem com a terriola onde resolvi repousar nos últimos anos, mas tudo tem uma explicação.
Talvez tenha chegado a altura de vos contar uma história.
Quando o MEU Pai me derreteu as asas fê-lo para que EU saltitasse de planeta em planeta. EU era a sua única filha, todo o Seu orgulho. Mas os planetas que giravam à volta Dele tinham muita escuridão e Ele queria que EU continuasse a Sua Obra, mas mais de perto, que fosse EU o calor das Almas enquanto Ele era o calor dos Corpos. EU apenas conhecia o Sol, nada mais do mundo. Assim, imbuída das mais profundas convicções, cai nos planetas e nos primeiros por onde passei, senti muito a solidão. Não havia ninguém com quem conversar e o Sol lá longe não se fazia ouvir. Quando cheguei à terra, mais precisamente a Icária tudo ficou diferente. É verdade que a linguagem não era a minha, que os códigos nada tinham a ver com os do Sol, mas havia troca de palavras e só isso, mesmo sem qualquer troca de conteúdos, fez-me renascer.
E por isso fui ficando. A missão para a qual fora enviada revelou-se impossível de concretizar. As tempestades eram muito mais poderosas que o Sol. Mesmo nas Almas. Só me restava viver com a MINHA imensa sabedoria Solar e tentar aquecer aqueles, os mais próximos.
Mas o MEU Pai não se conformou com esta MINHA impossibilidade. Ele lá em cima, estrela brilhante, não compreendia as dificuldades com as quais a sua estrelada FILHA se debatia. E, assim, quando me fixei neste lugarejo onde hoje vivo e que o Sol nem consegue pronunciar o nome, cortámos relações. Como podereis imaginar esta situação causa-ME um profundo sofrimento, mas também sei que Ele está a ser muito injusto para comigo, pois foi Ele quem decidiu o MEU futuro e agora sou EU que o vivo, mas à minha maneira.
O problema é milenar. Existem sempre uns tipos todos poderosos que decidem o destino dos outros. Servem-se dos outros tão exactamente até ao momento em que eles são os seus carneiros, para depois, quando os carneiros cortam os laços e passam a pensar por si, lhes cuspirem em cima, derretendo-lhes as asas, atirando-os para os labirintos, escorraçando-os do paraíso, queimando-lhes as cidades. É que nem os Pais gostam de nós, seus Filhos, por seremos quem somos (e no MEU caso, então, que SOU este SER maravilhoso), apenas nos querem enquanto nós seguirmos à risca aquilo que traçaram para nós.
Pai Sol EU SOLARENGA Te digo que não há qualquer hipótese. Tu nessa mancha de Luz enganaste-te quando imaginaste que EU sozinha podia trazer a LUZ ao Mundo. Tal não é tarefa realizável.
E, assim, confessando Eu a MINHA impotência, fui completamente renegada por Ele, que ME deserdou.
À conta disso têm vocês tido este tempo de M.....
Mas não se preocupem, não há sol que sempre dure, nem chuvas que não terminem.
E agora finalmente vamos ao tema desta semana que não, não é, nem a família, nem a pátria, nem a religião (agora que escrevi esta palavra já sei que vou ter um comentário sobre a criação desta palavra pelo Senhor, o PAI, claro, mas pronto, é a vida).
No estado em que as coisas estão só ME resta mesmo falar do medo e da morte e quem sabe do medo da morte. O humano, espécie existente no planeta que escolhi para viver, tem medo da morte. A ponto de fingir que ela não existe. Existem uns palermas, completamente anacrónicos que fizeram filmes sobre a morte (Bergman e Tarkovsky) e que são adorados por um conjunto de intelectuais, sendo que os intelectuais são a espécie que mais medo tem da morte (oh Deus meu, como é possível perder-se um intelecto tão maravilhoso como o meu, dizem os intelectuais que apelam a Deus apenas quando se vêem aflitos).
Mas fora tal anacronismo, a morte não fica bem com a super juventude dos dias de hoje, nem com os maravilhosos sapatos que se acabou de comprar.
Na realidade, a bem de ver, a morte apenas devia existir nos países onde não se vê Bergman, Antonioni, Visconti e Fellini e onde não se lê Susan Sontag e Hannah Arendt.
As mentes iluminadas, e neste país onde há tantas, não deviam falecer. Assim, poderíamos conviver até à eternidade com aqueles seres super inteligentes que governam o tal lugarejo por MIM escolhido para viver, e que já leram, pois claro, todos eles, as Memórias de Adriano. Aliás, poder-se-ia lá ser governante sem se ler a história de amor homossexual entre Adriano e Antínoo? Já agora perguntem aos governantes se já leram Teleny!! Espera aí que este não é famoso. Aconselho vivamente a todos os governantes a verem o Querelle, porque fala também de relações de poder. Aliás, nem sei mesmo se Querelle não é a reprodução cinematográfica das Memórias de Adriano nos tempos modernos. Uma versão marinheira!!
Podem sempre ler o livro do Genet se preferirem uma versão mais palavrosa e de carrossel adquirirem o Diário de um Ladrão, assim como assim, consegue-se ver lá o político gay.
E depois a morte cheira tão mal, não é absolutamente nada aconselhável à roupa de marca e ao Chanel nº.5. É que o cheiro da Coco é absorvido pelo da morte. Já despejaram frascos de Chanel nº.5 sobre a dead body e nada apagou aquele cheiro nauseabundo da morte. No Húmus inventou-se a eternidade, claro que só para os ricos, aqueles que a podiam pagar e era assim mesmo que devia ser, pois os ricos não são ricos por acaso, são ricos porque... porque... porque os pais já o eram ou por qualquer outro motivo igualmente válido.
A morte é coisa de pobre e devia ficar por aí.
Mas ainda ME falta falar do medo, não no da morte, mas no medo de pensar, no medo de agir, no medo de existir. Num medo que quem veio de uma estrela e parou nesta estação não deixa de encantar. Fala-se mal de tudo, mas a responsabilidade é sempre dos outros. E quando chega a altura de fazer qualquer coisa, é hora para o atraso, o despertador não tocou, a caneta ficou sem carga, não se conecta a Internet. E se alguém, mesmo muito contrariado, avança, claro que a medo, caem-lhe todos em cima, pois não fez isto nem aquilo. A criatividade do espectador bem sentado no seu sofá com os chinelinhos nos pés cheios de calos e joanetes, quiçá mesmo de gota, é de assombrar. E vejam o maior crítico perante o chefe, que fantástico menino de coro.
A coragem meus fãs, a coragem é apenas uma história de encantar, mas, às vezes, lá aparece com o Sol.
Pois, a chuva não me fez bem. nada bem.
Boa noite.
Senti tristeza, tenho de confessar, muita tristeza por tão doce criatura, seguramente doce, e inteligente, seguramente inteligente, não ter podido elogiar-me esta semana.
Por certo teve muito trabalho. Por certo viajou para a China e este blog faz parte dos sites interditos. Por certo houve algo de terrível para a afastar de MIM. Minha mui maravilhosa fã aguardo ansiosamente pelo seu regresso da China.
E agora para que os demais fãs não fiquem enciumados, asseguro-vos que esta soberba dissertação é dedicada a todos, pois vós sois a razão do MEU viver.
É verdade que o MEU Pai, o Sol, não se tem portado muito bem com a terriola onde resolvi repousar nos últimos anos, mas tudo tem uma explicação.
Talvez tenha chegado a altura de vos contar uma história.
Quando o MEU Pai me derreteu as asas fê-lo para que EU saltitasse de planeta em planeta. EU era a sua única filha, todo o Seu orgulho. Mas os planetas que giravam à volta Dele tinham muita escuridão e Ele queria que EU continuasse a Sua Obra, mas mais de perto, que fosse EU o calor das Almas enquanto Ele era o calor dos Corpos. EU apenas conhecia o Sol, nada mais do mundo. Assim, imbuída das mais profundas convicções, cai nos planetas e nos primeiros por onde passei, senti muito a solidão. Não havia ninguém com quem conversar e o Sol lá longe não se fazia ouvir. Quando cheguei à terra, mais precisamente a Icária tudo ficou diferente. É verdade que a linguagem não era a minha, que os códigos nada tinham a ver com os do Sol, mas havia troca de palavras e só isso, mesmo sem qualquer troca de conteúdos, fez-me renascer.
E por isso fui ficando. A missão para a qual fora enviada revelou-se impossível de concretizar. As tempestades eram muito mais poderosas que o Sol. Mesmo nas Almas. Só me restava viver com a MINHA imensa sabedoria Solar e tentar aquecer aqueles, os mais próximos.
Mas o MEU Pai não se conformou com esta MINHA impossibilidade. Ele lá em cima, estrela brilhante, não compreendia as dificuldades com as quais a sua estrelada FILHA se debatia. E, assim, quando me fixei neste lugarejo onde hoje vivo e que o Sol nem consegue pronunciar o nome, cortámos relações. Como podereis imaginar esta situação causa-ME um profundo sofrimento, mas também sei que Ele está a ser muito injusto para comigo, pois foi Ele quem decidiu o MEU futuro e agora sou EU que o vivo, mas à minha maneira.
O problema é milenar. Existem sempre uns tipos todos poderosos que decidem o destino dos outros. Servem-se dos outros tão exactamente até ao momento em que eles são os seus carneiros, para depois, quando os carneiros cortam os laços e passam a pensar por si, lhes cuspirem em cima, derretendo-lhes as asas, atirando-os para os labirintos, escorraçando-os do paraíso, queimando-lhes as cidades. É que nem os Pais gostam de nós, seus Filhos, por seremos quem somos (e no MEU caso, então, que SOU este SER maravilhoso), apenas nos querem enquanto nós seguirmos à risca aquilo que traçaram para nós.
Pai Sol EU SOLARENGA Te digo que não há qualquer hipótese. Tu nessa mancha de Luz enganaste-te quando imaginaste que EU sozinha podia trazer a LUZ ao Mundo. Tal não é tarefa realizável.
E, assim, confessando Eu a MINHA impotência, fui completamente renegada por Ele, que ME deserdou.
À conta disso têm vocês tido este tempo de M.....
Mas não se preocupem, não há sol que sempre dure, nem chuvas que não terminem.
E agora finalmente vamos ao tema desta semana que não, não é, nem a família, nem a pátria, nem a religião (agora que escrevi esta palavra já sei que vou ter um comentário sobre a criação desta palavra pelo Senhor, o PAI, claro, mas pronto, é a vida).
No estado em que as coisas estão só ME resta mesmo falar do medo e da morte e quem sabe do medo da morte. O humano, espécie existente no planeta que escolhi para viver, tem medo da morte. A ponto de fingir que ela não existe. Existem uns palermas, completamente anacrónicos que fizeram filmes sobre a morte (Bergman e Tarkovsky) e que são adorados por um conjunto de intelectuais, sendo que os intelectuais são a espécie que mais medo tem da morte (oh Deus meu, como é possível perder-se um intelecto tão maravilhoso como o meu, dizem os intelectuais que apelam a Deus apenas quando se vêem aflitos).
Mas fora tal anacronismo, a morte não fica bem com a super juventude dos dias de hoje, nem com os maravilhosos sapatos que se acabou de comprar.
Na realidade, a bem de ver, a morte apenas devia existir nos países onde não se vê Bergman, Antonioni, Visconti e Fellini e onde não se lê Susan Sontag e Hannah Arendt.
As mentes iluminadas, e neste país onde há tantas, não deviam falecer. Assim, poderíamos conviver até à eternidade com aqueles seres super inteligentes que governam o tal lugarejo por MIM escolhido para viver, e que já leram, pois claro, todos eles, as Memórias de Adriano. Aliás, poder-se-ia lá ser governante sem se ler a história de amor homossexual entre Adriano e Antínoo? Já agora perguntem aos governantes se já leram Teleny!! Espera aí que este não é famoso. Aconselho vivamente a todos os governantes a verem o Querelle, porque fala também de relações de poder. Aliás, nem sei mesmo se Querelle não é a reprodução cinematográfica das Memórias de Adriano nos tempos modernos. Uma versão marinheira!!
Podem sempre ler o livro do Genet se preferirem uma versão mais palavrosa e de carrossel adquirirem o Diário de um Ladrão, assim como assim, consegue-se ver lá o político gay.
E depois a morte cheira tão mal, não é absolutamente nada aconselhável à roupa de marca e ao Chanel nº.5. É que o cheiro da Coco é absorvido pelo da morte. Já despejaram frascos de Chanel nº.5 sobre a dead body e nada apagou aquele cheiro nauseabundo da morte. No Húmus inventou-se a eternidade, claro que só para os ricos, aqueles que a podiam pagar e era assim mesmo que devia ser, pois os ricos não são ricos por acaso, são ricos porque... porque... porque os pais já o eram ou por qualquer outro motivo igualmente válido.
A morte é coisa de pobre e devia ficar por aí.
Mas ainda ME falta falar do medo, não no da morte, mas no medo de pensar, no medo de agir, no medo de existir. Num medo que quem veio de uma estrela e parou nesta estação não deixa de encantar. Fala-se mal de tudo, mas a responsabilidade é sempre dos outros. E quando chega a altura de fazer qualquer coisa, é hora para o atraso, o despertador não tocou, a caneta ficou sem carga, não se conecta a Internet. E se alguém, mesmo muito contrariado, avança, claro que a medo, caem-lhe todos em cima, pois não fez isto nem aquilo. A criatividade do espectador bem sentado no seu sofá com os chinelinhos nos pés cheios de calos e joanetes, quiçá mesmo de gota, é de assombrar. E vejam o maior crítico perante o chefe, que fantástico menino de coro.
A coragem meus fãs, a coragem é apenas uma história de encantar, mas, às vezes, lá aparece com o Sol.
Pois, a chuva não me fez bem. nada bem.
Boa noite.
29 comentários:
Genialidade!
é um erro comum pensar-se que sempre se a liba… mas confesso que me deleito em leituras e que sou leitora assídua de seus post. (não se atreva nunca a tornar-se uma post-ó-dependente… não há leitura pior que a trivial rotineira (ratoeira, portanto) de um autor mais prolífico e pergunto-me
– e a vida, quem a vive?!)
bem me parecia que era de Icária por momentos ainda pensei … F….enix?… mas não!… que pena!
bela prosa a de hoje solar girl!dispensava o intróito e fixava-me na morte, mas vocência não passa sem falar do seu umbigo fantasiado!essa máscara burlesca vem-lhe das experiências com o teatro?
essa máscara burlesca (?) vem-me mesmo é da experiência com as pessoas. já reparou como são tão cheias de si.
ó mad, regressaste da China. que bom. quando voo só fénix.
rectifico: "quando voo sou fénix"
e a Náusea?!?!?
ninguém fala dela?!?!
por acaso achais que a humanidade não é ela toda uma máscara burlesca enfiada no seu fétido umbigo?!?!?
China(?!..)
nunca nem em voos mais arrojados roçaria a tremendas ignomínias à raça humana… nem que das cinzas renascesse
náusea? só quando ouço falar dos restaurantes chineses na china, claro que na china. só na china existem umbigos fétidos. cheiram a chacina de cão.
por acaso o que realmente choca as consciências quando reflectem sobre a china é o facto de os seus habitantes comerem cão....essa sua aversão começa a cheirar de forma nauseabunda a xenofobia!!!!
é pá por acaso também me choca censurarem os meus postes.
e então os bebés meninas que são mortos só por terem nascido do sexo errado!!
ah..bom!!só não compreendia a supremacia da estranheza aparente com hábitos alimentares diversos!
olha que os teus gatitos davam cá um arrozito!!!!
não gosto de quem come cães.não gosto de quem come gatos. não gosto de quem mata touros por diversão. não gosto dos desocupados que disparam sobre os faisões, as rolas, os coelhos, os cangurus, etc. não gosto de quem rouba os dentes dos elefantes. não gosto de quem viola os outros. não gosto de quem impõe às jovens a mutilação genital feminina. não gosto de quem obriga as mulheres a usar burka. não gosto de quem mata as meninas só porque estão na escola. não gosto de pessoas cobardolas. não gosto de quem tem medo de dizer não gosto. e não gosto destas pessoas todas sejam elas chinesas, alemãs, portuguesas, morenas, loiras, jovens, velhas, homens, mulheres, heterossexuais, homossexuais, transgenderes e tudo o mais que houver. NÃO GOSTO.
e das galinhas. o que achas das «pessoas sensíveis que não matam galinhas mas comem galinhas»? qual a superioridade anímica do gato ou do cão ante a galinha. são todos seres sencientes??coerente é, então mesmo, a posição do peter singer e a defesa de um vegetarianismo total, de preferência por cabeças assentes em sapatos sem sola de pele!então sim, tal como gandhi, poder-se-á afirmar que o grau de civilização de um povo se mede pela sua dieta alimentar!fora de tal quadro de extrema coerência parece-me que qualquer censura aos hábitos alimentares de outros povos me parece um puro exercício demagógico e vazio!
O SEU sol quando nasce não será, afinal, para todos, pois então. Mas, é óbvio, que os outros, os "miseráveis" não são gente e não lhes levam sushi a casa. E isso é uma maçada pitoresca.
não gosto de sushi. também não gosto de quem se esconde atrás da coerência e nada faz para melhorar a vida dos sencientes.
ah, as galinhas as galinhas... enfiar o mindinho no rabo... não tens ovo?: sangra-se então. e que bela cabidela! muito melhor que as douradas grelhadas vindas da produção em série mais próxima. mas o peixe fica mais in, e se produzido conforme as normas para crescimento acelerado e abate é um luxo. Até vêem em sabores, tipo iogurtes. um pitéu. Anónimo plex supra.
o sushi era figurativo. além de tudo, fico à espera do seu próximo post. O estilo faz-me lembrar uma raiva pós teenager. acho piada. e também, às referências óbvias. a frustração, claro, é evidente. Rauf! (isto, é latido de CÃO, meu signo CHINÊS)
sobre a ambivalência do signo linguístico: “há momentos em que deparamos com outra figura maior, que nos mete medo” porque “atrás das palavras.... sinto uma coisa descabelada e frenética, o espanto, a mixórdia, a dor, as forças monstruosas e cegas”.
Raul Brandão.
estaremos lá então no próximo domingo. você com o seu cão e EU com o meu cavalo de fogo.
nah. o seu cavalo de fogo-fátuo deve ser de tróia-portugal cheio de patos donaldes.
entristece-me ver que na vossa ânsia de brilhar mais do que @ próxim@ blogger optem por se atropelarem mutuamente, com um grau de agressividade absurdo, ao invés de cultivarem princípios e valores mais nobres, como por exemplo que todos os seres (sencientes ou não) têm direito à vida e a um tratamento digno.
a raça humana permanece num grau de evolução tão tacanho que continua a matar para comer (muito para além das suas necessidades, diga-se!)tal qual os seus antepassados da Idade da Pedra e a regozijar-se com isso e ainda assim continua a achar-se suprema...
e mais grave, continua a matar, a mutilar, a estropiar, a abusar, apenas por puro prazer e desporto... ou porque faz parte da herança dos nossos antepassados (como se isso fosse uma boa desculpa!!!!).
em vez de parecerem galinh@s histéric@s numa capoeira (estes sim com razão para o serem!) enalteçam as Ideias, a Cultura, a Razão em defesa de uma mundo e uma vida melhor para tod@s.
e ainda que, por razões várias, tod@s nós pactuemos com determinadas coisas que chocam ou agridem o Planeta e as várias formas de vida na terra e da sociedade, pelo menos não as defendam como sendo correctas só porque fazem parte da Cultura e Tradição do nosso ou de outros povos.
caro jockebox até à data temos convivido bem com as nossas diferenças de pensamento!este, mais do que um espaço de histerias galinácias, tem sido um espaço de partilha generosa de ideias que, necessariamente, não se querem uniformes, não sendo pois raras as ocasiões em que entramos, propositadamente, em lutas lúdicas. a uniformização de pensamento - ainda que politicamente correcto - não é , pois, um dos obectivos deste espaço. a propósito, e apenas para espicaçar a sua colaboração emotiva , dou-lhe o mote:
«não gosto de touradas, mas gosto daqueles que gostam de touradas».
por outras palavras, estou por certo mais próxima daqueles que participam nos rituais hediondos da matança do porco do que de certos seres urbanos de ligas de protecção de animais; ou ainda, tenho alguma dificuldade em perceber a sensibilidade portuguesa que conduziu a que, no plano legislativo, uma lei de protecção de animais tivesse que ser aplicada analogicamente à protecção de crianças, no séc. XIX, por falta de tutela legal para estas últimas; não compreendo a humanização de animais fora de quadros mentais oriundos de uma absurda naúsea civilizacional auto-centrada.
e que fala assim é uma MOSCA!
dizia: quem fala assim é uma mosca com um historial de vida que passou por 3 anos de vegetarianismo quase integral, não fossem uma incongruências de estio com uns belos peixes outrora sencientes!
longe de mim cultivar a formatação de pensamento e muito menos pugnar por quaisquer fundamentalismos, (mesmo que de natureza alimentar), pois tal regime já demonstrou ser sobejamente malévolo (ainda que entenda que talvez seja já tempo de substituirmos a barbárie dos nossos hábitos alimentares por algo mais respeitador das diversas formas de vida).
sou pela discussão saudável, pela troca de ideias sem farpas pessoais e ataques viperinos, sou pela fluidez das energias positivas.
quanto ao resto embora goste de pessoas que gostam de coisas de que eu não gosto e não goste de pessoas que partilham pontos de vista semelhantes aos meus, isso em nada altera as minhas convicções.
e já agora por mais absurdo que seja aplicar por analogia uma lei relativa a animais para proteger as crianças, não é assim tão mau, afinal de contas pelo menos tentou resolver-se a questão, enquanto que hoje em dia, (ele aí está, senhores e senhoras o século XXI!), temos, por um lado, legislação que favorece o abusador de crianças nas suas práticas reiteradas, e, por outro lado, uma praticamente inexistente base legal para defesa dos animais… deve ser uma qualquer evolução de mentalidades que eu ainda não consegui atingir!
ah! e quase esquecia... "humanização de animais fora de quadros mentais oriundos de uma absurda naúsea civilizacional auto-centrada" - WTF?!?!?!?
...já vi por aí muito amor campestre... oh se vi!
caro/a jockebox, as palavras desacompanhadas da expressão humana facial talvez se prestem a equívocos.os posts deste blogue são, quase sempre, "postalados" com um sorriso maroto estampado na cara...viperinas só mesmo as cobras -animal odiado p´las moscas deste mundo. aquela frase pomposa poder-se-ia resumir a qualquer coisa como: caezinhos vestidos de pessoas lembram-me menopausas desocupadas e vazias de crianças; lembra-me quase sempre uma indiferença autista pelo ser-humano mais próximo travestida de «amor aos animais»; lembra-me o solipsismo estéril de quem quer transpor uma humanidade por si sobrevalorizada para os animais, esquecendo-se que, todos nós, afinal, somos animais (uns mais que outros é certo, como acontece com moi même) e que os dois caninos que nos pendem da queixada superior não´são meros adornos estéticos!já agora, aproveitando as deixa das suas simpatias animais, a minha gata christie depois de umas traulitadas na época do cio- aliás amplamente discutidas neste espaço- engravidou/emprenhou, e teve há 15 dias 5 belos gatitos. não quererá ficar com um? (dispenso o discurso acerca da esterilização... vou vencer a minha repugnância à dita antes do próximo cio)
E dos caracóis ninguém fala?? Pobrezitos, diariamente dizimados em snack bares de vão de escada, chupados, sugados e espetados por palitos afiados, a toda hora, pelas ruas de lisboa e ninguém os defende...se fossem gafanhotos e os snack bares chineses...
Levem bigodes, asinhas, áureas de virgem, parceiros(as), saltos, animais de estimação (eu levo a gata da minha vizinha!) e venham… venham beber e comer o corpo do Pai do Pai DELA ou comam apenas as n(algas) do dito SENHOR ou não comam nem carne nem peixe e comam iogurte… sejam ciumentas, mosquinhas mortas e/ou bem intencionadas (…)bora beber a essas mesmo, mosca . traz o champanhe que eu levo o bigode(…) desfrutem da leitura e dos dias cheios de Pai DELA e um bem-haja à boa escrita SOLARENGA!
ora aí está! convite aceite MM!
eu levo as perninhas de rã para acompanhar com o champanhe!
quanto aos gatitos, pois lamento, mas já esgotei as quotas de mercado para essa espécie cá em casa... lamentamos.
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