sábado, 21 de março de 2009

Ma'am


Convencida do fracasso da minha enlevada nelinha e uma vez que já se alardeia a dor de cabeça das comemorações dos 100 anos da república (do regicídio, portanto), pus-me a ver pela segunda vez A Rainha, para me lembrar que ele houve uma direita…
… de luto pela morte da loira, baixando o som aquando os discursos das pop stars clinton e mandela na televisão, para ponderar que o melhor para as crianças era o ar fresco de Balmoral e o stalking a um magnífico veado de 14 pontas recentemente avistado;
…que reagiu ao funeral de Doddy Al Fayed com inveja: sem imprensa, sem fotografias, muito digno;
…da Rainha Mãe que consentiu que o seu funeral ensaiado fosse levado à prática em memória de uma ex-HRH, bastando ao camareiro-mor trocar 400 soldados por 400 celebridades, por causa de um bando de histéricos segurando velas que precisam de ajuda com o desgosto deles?
…que responde assim a Mr. Blair, que exigia que abandonasse Balmoral: if you think I´ll go to London without attending to my grand-chlidren, who have just lost their mother, you´re mistaken. This is how we do things in this country; quietly and with dignity;
…que se angustia: there´s been a change, a shift in values…
Helen Mirren (procurem-na no filme em vão; só vão encontrar Isabel II) ganhou o Óscar por causa do veado de 14 pontas, ferido e não morto por um banqueiro de Londres, em visita turística a Balmoral. Explicar porquê é uma blasfémia: please pass my congratulations to your guest…
Esta é a minha direita: duty first, self second.
Mas ele há Mr. Blair: we must modernize…

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