sábado, 24 de janeiro de 2009

Ociosidades e insanidades

O Realizador e os actores fizeram-nos sentar na sala com algumas expectativas. Esperava-se riso, ironia, suspense, um final inesperado... condimentos que Woody Allen já nos serviu noutras ocasiões.

Desta vez, na minha opinião, estamos entretidos hora e meia a ver o lado tendry de Barcelona e três mulheres e um homem que preenchem o ecran razoávelmente, e que nos contam a história de umas férias... com diferentes encontros e desencontros que não chegam a ser « amorosos », quanto a mim.. e onde se retratam sem grande dificuldade ou criatividade personagens que podiam bem fazer parte do nosso mundo real...

Pelos intervenientes, pelas nomeações para Oscares, por aquilo que o realizador nos habituou esperava mais do que uma história que me podia ter sido contada por uma amiga ou integrar um inquérito crime, num qualquer dos nossos tribunais, em que se investigasse a prática de um crime de homicidio na forma tentada ou de ofensa à integridade física...

Há ocasiões em que a realizade pode fácilmente suplantar a ficção... julgo que é o que acontece no caso de Vicky Cristina Barcelona...

2 comentários:

mouche albértine disse...

olá belinha, mais uma vez, estranha coincidência, nós aparentemente tão diferentes , lá nos quedamos nos mesmos lugares. também eu acabo de vir do vicki, cristina, barcelona. filme de digestão agradável mas demasiado light , concordo contigo. personagens que, não fora a beleza fora do comum, me parecem todas familiares. o engraçado foi rever alguns amigos próximos nos bonecos (aquele maridinho da vicky, hgrrrr, e a pobre que se sujeita à condenação de uma morte anunciada).e, sim, a realidade suplanta a ficção. gosto contudo da caricatura dos «artistas», sobretudo do boneco burlesco da Penélope que me deu vontade de ver, não um Woody Allen estrangeirado, mas um genuíno e carnal almodovar. até a cena da guitarra espanhola parecia uma revisitação consciente daquela do Caetano no "habla con ela". tenho saudades do velho woody paranóico, judeo, jazzista , da psicanálise e de nova york...não repito a minha teoria moralista sobre a maldição do incesto lançada pela Mia ressabiada, remeto para o post «uma mosca na américa». bom fds e bom cinema que o tempo chuvoso a isso convida.

Belinha disse...

Quantas vezes já te disse mosquinha que somos parecidas na essencia, que é afinal de contas o fundamental.... e depois tb gostamos as duas de Hoss .. e assim.... e temos a nova colecção á porta:)