terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Enganos ... com maiuscula ...




Et Voilá! Um novo ano começou e, de repente sentimo-nos todos na obrigação de renovar expectativas, intentar recomeços, como se o dia 1 de Janeiro não fosse apenas um marco instituido pelo calendário, e todos e quaisquer dias não fossem dias possíveis para recomeçar.

Curiosamente, depois de o termos abandonado ( se é que alguma vez é possível que isso aconteça no intimo de cada um de nós ) voltámos ao amor, neste blogue... tema que está sempre presente, consciente ou incoscientemente nas nossas vidas...e que quando menos se espera renasce, ainda que lhe queiramos resistir....


- Ninguém é feliz sem ter alguém que lhe preencha o coração- disse-me um destes dias a minha manicure - depois de me ter confessado que começou o ano deprimida - uma russa com cerca de 20 anos, semi filosofa e que, para além de ter acertado no tamanho e na cor das minhas unhas, me lê muitas vezes a alma, concluindo que é « devido à compatibilidade dos signos ».

Depois dela já ouvi várias pessoas queixarem-se de que começaram o ano igualmente deprimidas, embora sem a franqueza de concretizarem a razão...pessoas com diferentes idades, diferentes opções sexuais, diferentes estados civis...

E depois disso, para desanuviar, eu que não sou moça muito dada a depressões, mas que estive por um fio depois de regressar da estada nortenha, resolvi ir aproveitar o cartão Zon, antes do Paulo Branco o « confiscar » - até parecia que estava a adivinhar- e dei comigo sentada numa sala de cinema a ver « Austrália »... e, ao meu lado, à minha frente e atrás de mim, em vez do comum barulho do mastigar das pipocas e do sorver das coca-colas ( tive de ir a uma dessas salas para aproveitar a borla, e já ia preparada para tudo )... fungava-se e assoava-se o nariz, enquanto se tentava ocultar as lágrimas, limpando-as durante as cenas com menos luz...de novo o amor a fazer das suas...em sentido amplo ( pois pois Proninha )e com maíuscula...

Vim para casa a pensar que gosto mais de ver o Hugh Jackman de cara lavada e de blaser, desculpem smoking, branco do que com barba e calças por dentro das botas... e resolvi agarrar, ao acaso nos livros que recebi de presente no Natal... eram todos histórias de amor...

Fechei-os, mergulhei num banho de espuma, enquanto bebia um flute de champanhe... senti durante largos minutos os jactos da hidromassagem brincarem com as bolhas de espuma e ambos com o meu corpo....até que a campainha tocou.. e persistiu....

Quando abri não vi ninguém e tinha sobre o tapete um bilhete que dizia « AMO-TE »... Confesso que não sei quem lá o colocou e desconfio que nem era para mim ( a vida é feita de enganos e algumas coincidências, também )... mas tenho um ano inteirinho para o descobrir...

6 comentários:

norrin disse...

só por curiosidade, qual o tamanho e cor das unhas?
agora sério (bem, antes também era sério...), vais esperar um ano inteirinho? parece-me muito tempo para utilizar num possível engano, mesmo a flutes de champagne e garfadas de caril...
já me estou a repetir, mas "amor não se espera, vai-se busca-lo, blá, blá, blá..."

Belinha disse...

caro norrin tu conheces que pôs o papel no meu tapete? Era mesmo para mim?

norrin disse...

caríssima amiga, sou inocente e ignorante nesse bilhete.
só duvido que valha um ano de espera, aliás, se era para ti, não deverás esperar tanto.
acerca do tamanho e cor de unhas, nada.

Belinha disse...

Pouco compridas... mas sempre em cores purpuras.... a moça diz que as cores claras não se coadunam com a minha personalidade... e não é que tem razão?

norrin disse...

é uma delícia descobrir-te

Belinha disse...

A sério, norrin?